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sábado, 1 de junho de 2013

O Outro Lado dos Mercados Alternativos - Entrevista

Estivemos à conversa com a Sara para vos desvendar o lado dum vendedor de uma feira em segunda-mão. Ela tem 25 anos é do Porto e trabalha, mas, nos tempos livres tem uma loja online de roupa, a Sara Riot. Esta paixão pela segunda-mão nasceu na adolescência quando, pela primeira vez, foi à Feira da Ladra. Pouco tempo depois ela rendeu-se a esta tendência e foi vender alguns artigos que tinha lá por casa. Hoje podemos encontrar a Sara no Flea Market a fazer as delícias dos seus ‘’fregueses’’.

   


Porto Goes Vintage: Olá Sara, que tipo de artigos é que costumas vender?

Sara: De tudo um pouco, artigos novos ou coisas que me ofereceram e não dão para trocar, artigos vintage, coisas antigas…

PGV: Como é que arranjas esses artigos?   

Sara: Muitas coisas a minha mãe arranja-me, porque ela guarda tudo! 

PGV: Como surgiu o interesse pelo mercado da segunda-mão?  

Sara: Sinceramente eu sempre gostei de feirinhas deste género mas nunca liguei… A primeira vez que fiquei mais interessada nisso devia ter uns 16 anos e fui à Feira da Ladra pela primeira vez e fiquei fascinada e decidi logo que tinha de ir para lá vender no fim-de-semana seguinte e sentir a emoção daquilo. Lembro-me que uma vez vendi tudo e outra vez que não vendi nada e fiquei mesmo desmoralizada. Depois deixei passar uns meses e descobri um site, o ‘’Live Journal’’ que tinha uma página ‘’O Sótão’’ e que na altura era um êxito na Internet e servia para vender artigos em segunda-mão de estilo gótico. Como eu gostava e usava muito deste estilo ainda cheguei a vender algumas coisas.

PGV: Como descobriste o Flea Market?

Sara: Foi acidentalmente, eu estava a acabar de sair da Feira da Vandoma, passei na zona da Cordoaria e vi uma feira que me chamou a atenção, aí disseram-me o nome e eu depois pesquisei no Facebook!

PGV: Qual é a tua percepção da receptividade das pessoas acerca da segunda-mão?  

Sara: Acho que as pessoas estão mais abertas agora em relação a coisas em segunda-mão. Ao princípio ainda ‘’torciam o nariz’’, agora cada vez mais aderem a isso, gostam e vão comprar ou vão vender. Cada vez mais a mentalidade está diferente. As pessoas começam a ver que é uma grande opção porque desfazem-se de coisas que já não usam ou que não gostam ou que não servem… Conhecem pessoas novas, eu própria já conheci muitas neste meio. Encontram também peças muito giras e únicas. Sem dúvida que as pessoas estão diferentes, antes não havia esta recepção calorosa em relação a coisas em segunda-mão. Agora já começas a ver reportagens, toda a gente a falar sobre feiras!      

PGV: O que te transmite o ambiente do Flea Market?

Sara: É muito bom! É caloroso. Adoro a música! Vêm-se pessoas de todos os estilos, de todas as idades. Há diversão… Comida boa (risos). Encontra-se mesmo coisas de boa qualidade no Flea Market, para além de que encontras sempre ‘’achados’’. Cada vez aparecem mais pessoas e cada vez há mais procura.

No início da nossa conversa a Sara estava com receio de ser levada pela timidez, mas tudo correu bem e no fim até fomos às compras na rua de Santa Catarina!

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