Estivemos à
conversa com a Sara para vos desvendar o lado dum vendedor de uma feira em
segunda-mão. Ela tem 25 anos é do Porto e trabalha, mas, nos tempos livres tem
uma loja online de roupa, a Sara Riot. Esta paixão pela segunda-mão nasceu na
adolescência quando, pela primeira vez, foi à Feira da Ladra. Pouco tempo
depois ela rendeu-se a esta tendência e foi vender alguns artigos que tinha lá
por casa. Hoje podemos encontrar a Sara no Flea Market a fazer as delícias dos
seus ‘’fregueses’’.
Porto Goes Vintage: Olá Sara, que tipo
de artigos é que costumas vender?
Sara: De tudo
um pouco, artigos novos ou coisas que me ofereceram e não dão para trocar,
artigos vintage, coisas antigas…
PGV: Como é que arranjas esses
artigos?
Sara: Muitas
coisas a minha mãe arranja-me, porque ela guarda tudo!
PGV: Como surgiu o interesse pelo
mercado da segunda-mão?
Sara:
Sinceramente eu sempre gostei de feirinhas deste género mas nunca liguei… A
primeira vez que fiquei mais interessada nisso devia ter uns 16 anos e fui à
Feira da Ladra pela primeira vez e fiquei fascinada e decidi logo que tinha de
ir para lá vender no fim-de-semana seguinte e sentir a emoção daquilo.
Lembro-me que uma vez vendi tudo e outra vez que não vendi nada e fiquei mesmo
desmoralizada. Depois deixei passar uns meses e descobri um site, o ‘’Live
Journal’’ que tinha uma página ‘’O Sótão’’ e que na altura era um êxito na
Internet e servia para vender artigos em segunda-mão de estilo gótico. Como eu
gostava e usava muito deste estilo ainda cheguei a vender algumas coisas.
PGV: Como descobriste o Flea Market?
Sara: Foi
acidentalmente, eu estava a acabar de sair da Feira da Vandoma, passei na zona
da Cordoaria e vi uma feira que me chamou a atenção, aí disseram-me o nome e eu
depois pesquisei no Facebook!
PGV: Qual é a tua percepção da
receptividade das pessoas acerca da segunda-mão?
Sara: Acho
que as pessoas estão mais abertas agora em relação a coisas em segunda-mão. Ao
princípio ainda ‘’torciam o nariz’’, agora cada vez mais aderem a isso, gostam
e vão comprar ou vão vender. Cada vez mais a mentalidade está diferente. As
pessoas começam a ver que é uma grande opção porque desfazem-se de coisas que
já não usam ou que não gostam ou que não servem… Conhecem pessoas novas, eu
própria já conheci muitas neste meio. Encontram também peças muito giras e
únicas. Sem dúvida que as pessoas estão diferentes, antes não havia esta
recepção calorosa em relação a coisas em segunda-mão. Agora já começas a ver
reportagens, toda a gente a falar sobre feiras!
PGV: O que te transmite o ambiente do
Flea Market?
Sara: É muito
bom! É caloroso. Adoro a música! Vêm-se pessoas de todos os estilos, de todas
as idades. Há diversão… Comida boa (risos).
Encontra-se mesmo coisas de boa qualidade no Flea Market, para além de que
encontras sempre ‘’achados’’. Cada vez aparecem mais pessoas e cada vez há mais
procura.
No início da
nossa conversa a Sara estava com receio de ser levada pela timidez, mas tudo
correu bem e no fim até fomos às compras na rua de Santa Catarina!
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